domingo, 20 de janeiro de 2019

Conteúdo - Portugal - Desporto


O futebol é o mais conhecido e praticado desporto em Portugal. O antigo jogador Eusébio é ainda um grande símbolo da história do futebol português e os mais recentes fenómenos de popularidade Luís Figo, Vítor Baía, Rui Costa, João Vieira Pinto, Pedro Pauleta e Cristiano Ronaldo, estão entre os numerosos exemplos de outros futebolistas de renome mundial nascidos em Portugal. Alguns dos chamados clubes históricos são o Sport Lisboa e Benfica, o Sporting Clube de Portugal, o Futebol Clube do Porto, conhecidos como "Os Três Grandes", todos campeões da Liga Portuguesa de Futebol inúmeras vezes. Belenenses e Boavista são os dois outros clubes que já ganharam o o campeonato português, ambos por uma vez. Ultimamente Sporting Clube de Braga e Paços de Ferreira FC têm vindo a ganhar popularidade a nível europeu e internacional.

Algumas das modalidades desportivas em que o país mais se destaca a nível internacional além do futebol são: a vela, a equitação, o judo, o ciclismo, o triatlo, a canoagem, o hóquei em patins, o atletismo, o tiro, o surf, a ginástica acrobática, o ténis de mesa, o taekwondo e o ténis. Portugal participou em todos os Jogos Olímpicos de Verão desde os Jogos de 1912, tendo ganho quatro medalhas de ouro em atletismo (Carlos Lopes nos Jogos de 1984, Rosa Mota nos Jogos de 1988, Fernanda Ribeiro nos Jogos de 1996 e Nelson Évora nos Jogos de 2008) e numerosas medalhas de prata e bronze nos restantes desportos.

Conteúdo - Portugal - Economia


Desde 1985, o país entrou num processo de modernização num ambiente bastante estável (1985 até à atualidade) e juntou-se à União Europeia em 1986. Os sucessivos governos fizeram várias reformas, privatizaram muitas empresas controladas pelo Estado e liberalizaram áreas-chave da economia, incluindo os setores das telecomunicações e financeiros. Portugal desenvolveu uma economia crescentemente baseada em serviços e foi um dos onze membros fundadores da moeda europeia — o Euro — em 1999. Começou a circular a sua nova moeda em 1 de janeiro de 2002 com onze outros estados membros da União Europeia.

Quando se analisa um período maior de tempo, a convergência da economia portuguesa para os padrões da União Europeia tem sido impressionante, especialmente entre 1986 e o início da década de 2000. De acordo com Barry (2003), "o que parece ter sido crucial no caso português, em relação à Espanha pelo menos, é o grau de flexibilidade do mercado de trabalho que a economia exibe. (...) Essa convergência portuguesa tem sido impressionante, mesmo que, coerente com o seu relativamente baixo estoque de capital humano, a economia tem-se especializado em produção de baixa tecnologia." O crescimento económico português esteve acima da média da União Europeia na maior parte da década de 1990 e uma pesquisa sobre qualidade de vida feita pela Economist Intelligence Unit classificou Portugal como o país com a 19.ª melhor qualidade de vida no mundo em 2005, à frente de outros países económica e tecnologicamente avançados como França, Alemanha, Reino Unido e Coreia do Sul, mas 9 lugares atrás de seu único vizinho, a Espanha.

No entanto, o Relatório de Competitividade Global de 2013, publicado pelo Fórum Económico Mundial, classificou o nível de competitividade económica de Portugal na 46.ª posição entre os 60 países pesquisados, atrás de Espanha e Itália, o que representa uma queda em relação às posições conquistadas nos relatórios de anos anteriores. Portugal também continua a ser o país com o menor PIB per capita entre as nações da Europa Ocidental e o que apresenta um dos mais altos índices de desigualdade económica entre os membros da União Europeia. Em 2007, o fraco desempenho da economia portuguesa foi explorado pela revista The Economist, que descreveu Portugal como o "novo homem doente da Europa". Em 6 de abril de 2011, após o início da crise económica de 2008 e o aprofundamento da crise da dívida pública da Zona Euro, o então primeiro-ministro José Sócrates anunciou na televisão nacional que o país pediu ajuda financeira ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), como a Grécia e a República da Irlanda já haviam feito. Foi a terceira vez que a ajuda financeira externa foi solicitada ao FMI — a primeira foi no final de da década de 1970, após a Revolução dos Cravos. Em 6 de julho do mesmo ano, a agência de notação norte-americana Moody's colocou o país na avaliação "lixo financeiro", provocando a queda dos maiores bancos nacionais no PSI 20.

Conteúdo - Portugal - Arquitetura


Após um período românico que vigorou até ao século XIII, vão surgindo monumentos de estilo gótico com destaque para o Mosteiro da Batalha. Portugal destacou-se pelo desenvolvimento do manuelino, um gótico tardio financiado pelos chamados descobrimentos, caraterizado pela profusão de elementos marítimos.

De destacar também o estilo pombalino com início na segunda metade do século XVIII, com grande expressão em Lisboa na chamada baixa pombalina.

A arquitetura popular marcou a arquitetura dos anos 1950, no chamado "Português Suave" que prevaleceu até ao final do Salazarismo.

A arquitetura contemporânea portuguesa contrapõe tradições à intenção de inovar, desenvolvida por várias gerações desde meados do século XX até aos nossos dias. Álvaro Siza (prémio Pritzker), Fernando Távora, Eduardo Souto de Moura (prémio Pritzker), Raul Hestnes Ferreira, Rui Jervis Atouguia, Jorge Ferreira Chaves, Francisco Conceição Silva, Keil do Amaral, Cassiano Branco, Pancho Guedes, Francisco Castro Rodrigues, Manuel Tainha, Vítor Figueiredo, Gonçalo Byrne e Tomás Taveira são alguns dos mais notáveis arquitetos portugueses da época contemporânea.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Conteúdo - Portugal - Áreas urbanas


Uma outra versão da divisão administrativa portuguesa, que está atualmente (2008) em processo de implantação (a diferentes velocidades consoante as várias estruturas), gira em volta de "áreas urbanas", definidas como unidades territoriais contínuas constituídas por agrupamentos de concelhos. Existem dois tipos de áreas urbanas:

Grandes Áreas Metropolitanas (GAM) — área urbana composta por nove ou mais concelhos, e com população superior a 350 mil habitantes;

Comunidades Intermunicipais (CIM) — área urbana composta por três ou mais concelhos, e com uma população entre 10 a 100 mil habitantes eleitores.

Conteúdo - Portugal - Música e dança


A música tradicional portuguesa é variada e muito rica. Do folclore fazem parte as danças do vira, do Minho, dos Pauliteiros de Miranda, da zona mirandesa, do Corridinho do Algarve ou do Bailinho, da Madeira. Instrumentos típicos são o cavaquinho, a gaita-de-foles, o acordeão, o violino, os tambores, a guitarra portuguesa (instrumento caraterístico do fado) e uma variedade de instrumentos de sopro e percussão. Ainda na cultura popular existem as bandas filarmónicas que representam cada localidade e tocam vários estilos de música, desde a popular à clássica, sendo as bandas portuguesas das que melhor qualidade artística têm.

O mais conhecido estilo de música português é o Fado, cuja intérprete mais célebre foi Amália Rodrigues. Outros cantores como Alfredo Marceneiro, Vicente da Câmara, Nuno da Câmara Pereira, Frei Hermano da Câmara, António Pinto Basto e Hermínia Silva também se distinguiram como fadistas. No entanto, o Fado tem também nos últimos anos assistido ao aparecimento de jovens cantores que atingem grande êxito, como Ricardo Ribeiro, Cristina Branco, Camané, Mariza, Ana Moura, Mafalda Arnauth e Mísia, entre outros, bem como de jovens guitarristas como Bernardo Couto. Recentemente, através dos Madredeus e de cantores como Mariza ou Dulce Pontes, a música portuguesa tem atingido um patamar de reconhecimento internacional e tem ajudado a divulgar a língua portuguesa em todo o mundo. A nível de instrumentistas merece realce a carreira e composições do guitarrista Carlos Paredes, o mais conhecido mestre de guitarra portuguesa.

Referências da canção de finais do século XX (principalmente do período pré e pós-revolucionário) são Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, Adriano Correia de Oliveira, Vitorino, José Mário Branco, os Trovante, entre outros. Mesmo sendo ainda o fado o género mais conhecido além-fronteiras, a "nova" música portuguesa também tem um papel importante, demonstrando grande originalidade. Rui Veloso, The Gift, Mafalda Veiga, Kátia Guerreiro, Sara Tavares, Jorge Palma, Clã, David Fonseca, GNR, Ornatos Violeta, Xutos & Pontapés, Moonspell, Da Weasel, Primitive Reason, Deolinda, Mão Morta, Blasted Mechanism e Mind Da Gap são apenas alguns dos nomes mais conhecidos, indo do rock, à pop-eletrónica e ao rap, entre outros estilos.

A música erudita portuguesa constitui um capítulo importante da música ocidental. Ao longo dos séculos, sobressaíram nomes de compositores e intérpretes como os trovadores Martim Codax e D. Dinis, os polifonistas Duarte Lobo, Filipe de Magalhães, Manuel Cardoso e Pedro de Cristo, o organista Manuel Rodrigues Coelho o compositor e cravista Carlos Seixas, a cantora Luísa Todi, o sinfonista e pianista João Domingos Bomtempo ou o compositor e musicólogo Fernando Lopes Graça. O período de ouro da música portuguesa coincidiu, discutivelmente, com o apogeu da polifonia clássica no século XVII (Escola de Évora, Santa Cruz de Coimbra). Entre as grandes referências atuais, pontificam os nomes dos pianistas Artur Pizarro, Maria João Pires, Olga Prats e Sequeira Costa, da violetista Anabela Chaves, do violinista Carlos Damas, do compositor Emmanuel Nunes, do compositor e maestro Álvaro Cassutto. As orquestras sinfónicas mais importantes são a Orquestra da Fundação Gulbenkian, a Orquestra Nacional do Porto e a Orquestra Sinfónica Portuguesa. No que diz respeito à ópera, o Teatro Nacional de São Carlos em Lisboa é o mais representativo.

Conteúdo - Portugal - NUTS


Portugal também está dividido em três NUTS. Esta divisão foi elaborada para fins estatísticos, estando em vigor em todos os países da União Europeia.

O primeiro (NUTS I) é composto por três grandes regiões: Portugal Continental, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira.

Apesar de serem os distritos a divisão administrativa de primeira ordem em Portugal Continental, é outra a divisão técnica de primeira ordem. Trata-se das cinco grandes regiões geridas pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRs), e que correspondem às subdivisões NUTS II para Portugal. Os seus limites obedecem aos limites dos municípios, mas não obedecem aos limites dos distritos, que por vezes se espalham por mais do que uma região.

As regiões de NUTS II subdividem-se em sub-regiões estatísticas sem significado administrativo, denominada NUTS III, cujo único objetivo é o de servirem para agrupar municípios contíguos, com problemas e desafios semelhantes, e obter assim dados de conjunto destinados principalmente ao planeamento económico.

Conteúdo - Portugal - Literatura


A literatura portuguesa, uma das primeiras literaturas ocidentais, desenvolveu-se através de texto e música. Até 1350, os trovadores galego-portugueses espalharam a sua influência literária para a maior parte da Península Ibérica. Gil Vicente (1465–1536), foi um dos fundadores das tradições dramáticas portuguesa e espanhola.

Aventureiro e poeta, Luís de Camões (1524–1580) escreveu o poema épico Os Lusíadas, com a Eneida de Virgílio como sua principal influência. A poesia moderna portuguesa está enraizada nos estilos neoclássico e contemporâneo, como exemplificado por Fernando Pessoa (1888–1935). A literatura moderna portuguesa é representada por autores como Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, Sophia de Mello Breyner Andresen, António Lobo Antunes e Miguel Torga. Com um estilo particularmente popular e distinto está José Saramago, vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1998.

Na literatura portuguesa, é eminente a poesia, estando entre os maiores poetas portugueses de todos os tempos Luís de Camões e Fernando Pessoa, aos quais se pode acrescentar Bocage, Antero de Quental, Eugénio de Andrade, Sophia de Mello Breyner Andresen, Florbela Espanca, Cesário Verde, António Ramos Rosa, Mário Cesariny, Herberto Helder, Al Berto, Alexandre O'Neill e Ruy Belo, entre outros. Na prosa, Damião de Góis, o Padre António Vieira, Almeida Garrett, Miguel Torga, Fernando Namora, Nuno Bragança, José Cardoso Pires, António Lobo Antunes. No teatro, têm destaque, para além da figura maior de Gil Vicente, António José da Silva – dito "o Judeu" – e Bernardo Santareno.

Conteúdo - Portugal - Subdivisões


As principais divisões administrativas de Portugal são os 18 distritos no continente e as duas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira, que se subdividem em 308 concelhos e 3 092 freguesias. Os distritos permanecem como a mais relevante subdivisão do país, servindo de base para uma série de utilizações administrativas, como por exemplo, os círculos eleitorais.

Antes de 1976, os dois arquipélagos atlânticos estavam também integrados na estrutura geral dos distritos portugueses embora com uma estrutura administrativa diferenciada, contida no Estatuto dos Distritos Autónomos das Ilhas Adjacentes, que se traduzia na existência de Juntas Gerais com competências próprias. Havia três distritos autónomos nos Açores e um na Madeira:

Açores — o Distrito de Angra do Heroísmo, o Distrito da Horta e o Distrito de Ponta Delgada.
Madeira — o Distrito do Funchal.

Após 1976, os Açores e a Madeira passaram a ter o estatuto de Região Autónoma, deixando de se dividirem em distritos, passando a ter um estatuto político-administrativo e órgãos de governo próprios. Em 2011, a divisão administrativa traduzia-se na tabela seguinte.


1 - Lisboa - 2761 km² - 2 124 426
2 - Leiria - 3517 km² - 477 967
3 - Santarém - 6747 km² - 445 599
4 - Setúbal - 5064 km² - 815 858
5 - Beja - 10 225 km² - 154 325
6 - Faro - 4960 km² - 421 528
7 - Évora - 7393 km² - 170 535
8 - Portalegre - 6065 km² - 119 543
9 - Castelo Branco - 6675 km² - 208 069
10 - Guarda - 5518 km² - 173 831
11 - Coimbra - 3947 km²  - 436 056
12 - Aveiro - 2808 km² - 752 867
13 - Viseu - 5007 km² - 394 844
14 - Bragança - 6608 km² - 148 808
15 - Vila Real - 4328 km² - 218 935
16 - Porto - 2395 km² - 1 867 986
17 - Braga - 2673 km² - 879 918
18 - Viana do Castelo - 2255 km² - 252 011

Açores - 2 333 km² - 243 101
Madeira - 801 km² - 244 098

Conteúdo - Portugal - Cultura


Portugal desenvolveu uma cultura específica, enquanto esteve a ser influenciado por várias civilizações que cruzaram o Mediterrâneo e o continente europeu, ou foram introduzidos quando a nação desempenhou um papel ativo durante a Era dos Descobrimentos.

Nas décadas de 1990 e 2000, Portugal modernizou os seus equipamentos culturais públicos, além da criação, em 1956, da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Estes incluem o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a Fundação de Serralves e a Casa da Música, no Porto, bem como novos equipamentos culturais públicos como bibliotecas municipais e salas de concerto que foram construídos ou renovados em muitos municípios por todo o país.

Conteúdo - Portugal - Forças militares e policiais


As forças armadas têm três ramos: Exército, Marinha e Força Aérea. Os militares de Portugal servem, sobretudo, como uma autodefesa vigorosa cuja missão é proteger a integridade territorial do país, e fornecer assistência humanitária e de segurança no país e no estrangeiro. Desde 2004, o serviço militar obrigatório já não é praticado. A idade para o recrutamento voluntário é fixada nos 18 anos. No século XX, Portugal esteve envolvido em duas grandes intervenções militares: a Primeira Guerra Mundial e a Guerra Colonial Portuguesa (1961–1974).

Portugal tem participado em missões de manutenção da paz, nomeadamente em Timor-Leste, na Bósnia e Herzegovina, no Kosovo, no Afeganistão, no Iraque (Nasiriyah) e no sul do Líbano. Portugal possui uma Brigada de Reação Rápida, uma Brigada Mecanizada e uma Brigada de Intervenção. Estes três escalões de força aglutinam sobre si os mais diversos ramos e especialidades da disciplina militar, contendo, assim, unidades de engenharia, cavalaria, artilharia e infantaria, inserindo-se nesta última as unidades de tropas especiais, como comandos, paraquedistas e operações especiais.

A segurança da população está a cargo da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP) que estão sob a alçada do Ministério da Administração Interna. Para além destas, Portugal possui a Polícia Judiciária (PJ), que é o principal órgão policial de investigação criminal do país, vocacionado para o combate à grande criminalidade, nomeadamente ao crime organizado, terrorismo, tráfico de estupefacientes, corrupção e criminalidade económica e financeira. A Polícia Judiciária está integrada no Ministério da Justiça, atuando sob orientação do Ministério Público.

Conteúdo - Portugal


Portugal, oficialmente República Portuguesa, é um país soberano unitário localizado no Sudoeste da Europa, cujo território se situa na zona ocidental da Península Ibérica e em arquipélagos no Atlântico Norte. O território português tem uma área total de 92 090 km², sendo delimitado a norte e leste por Espanha e a sul e oeste pelo oceano Atlântico, compreendendo uma parte continental e duas regiões autónomas: os arquipélagos dos Açores e da Madeira. Portugal é a nação mais a ocidente do continente europeu. O nome do país provém da sua segunda maior cidade, Porto, cujo nome latino-celta era Portus Cale.

O território dentro das fronteiras atuais da República Portuguesa tem sido continuamente povoado desde os tempos pré-históricos: ocupado por celtas, como os galaicos e os lusitanos, foi integrado na República Romana e mais tarde colonizado por povos germânicos, como os suevos e os visigodos. No século VIII as terras foram conquistadas pelos mouros. Durante a Reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, primeiro como parte do Reino da Galiza e depois integrado no Reino de Leão. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143. 

Em 1297 foram definidas as fronteiras no tratado de Alcanizes, tornando Portugal no mais antigo Estado-nação da Europa. Nos séculos XV e XVI, como resultado de pioneirismo na Era dos Descobrimentos, Portugal expandiu a influência ocidental e estabeleceu um império que incluía possessões na África, Ásia, Oceânia e América do Sul, tornando-se a potência económica, política e militar mais importante de todo o mundo. O Império Português foi o primeiro império global da história e também o mais duradouro dos impérios coloniais europeus, abrangendo quase 600 anos de existência, desde a conquista de Ceuta em 1415, até à transferência de soberania de Macau para a China em 1999. No entanto, a importância internacional do país foi bastante reduzida durante o século XIX, especialmente após a independência do Brasil, a sua maior colónia.

Com a Revolução de 1910, a monarquia terminou, tendo desde 1139 até 1910, 34 monarcas. A Primeira República Portuguesa foi muito instável, devido ao elevado parlamentarismo. O regime deu lugar à ditadura militar graças a um levantamento em 28 de Maio de 1926. Em 1933, um novo regime autoritário, o Estado Novo, presidido por Salazar até 1968, geriu o país até 25 de Abril de 1974. A democracia representativa foi instaurada após a Revolução dos Cravos, em 1974, que terminou a Guerra Colonial Portuguesa. As províncias ultramarinas de Portugal tornaram-se independentes, sendo as mais proeminentes Angola e Moçambique.

Portugal é um país desenvolvido, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado como muito elevado. O país foi classificado na 19.ª posição em qualidade de vida (em 2005), tem um dos melhores sistemas de saúde do planeta e é também uma das nações mais globalizadas e pacíficas do mundo. É membro da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Europeia (incluindo a Zona Euro e o Espaço Schengen), da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Portugal também participa em diversas missões de manutenção de paz das Nações Unidas.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Conteúdo - Distrito de Aveiro - Powerpoint sobre a Cidade de Aveiro


Conteúdo - Distrito de Aveiro


O distrito de Aveiro localiza-se, na sua maior parte, abaixo dos 100 m de altitude, ocupando uma planície costeira que chega a ter cerca de 40 km de largura, na parte sul do distrito. A paisagem desta planície é dominada pela ria de Aveiro, e pelos rios da bacia hidrográfica do Vouga (Cértima, Alfusqueiro, Águeda, Antuã e do próprio Vouga na planície litoral, e Agadão, Caima e Mau já nos contrafortes da serra). O único rio que não desagua no Rio Vouga, desagua directamente na ria de Aveiro, o Antuã que desagua perto da cidade de Ovar na ria de Aveiro.

Para oriente e para norte, o relevo torna-se mais acidentado, subindo-se ainda no distrito de Aveiro até às alturas das principais serras, chegando mesmo a estender-se até à serra do Montemuro, a nordeste. Na sua fronteira norte, o distrito contacta brevemente com o rio Douro e com alguns dos seus afluentes (Arda e Paiva).

O litoral é arenoso, em paisagem típica de zona lagunar, com um cordão dunar de espessura variável a separar as águas calmas da ria de Aveiro do mar.

Principais serras do Distrito de Aveiro:
Serra do Buçaco – 549 m de altitude
Serra do Arestal – 830 m de altitude
Serra da Arada – 1 071 m de altitude
Serra da Freita – 1 085 m de altitude

Conteúdo - Distrito de Aveiro - Evolução da População


Em 2011 o distrito de Aveiro registava 714 200 habitantes.

A evolução da sua população nos últimos decénios foi condicionada por vários factores, resultantes designadamente das alterações registadas nas taxas de natalidade, de mortalidade, de emigração e de imigração.

"Nos finais do século XIX a natalidade e a mortalidade [em Portugal] apresentavam valores muito elevados (em torno dos 30 ‰ no caso da natalidade e dos 20 ‰ no caso da mortalidade). Esta situação prolongou-se até à primeira década do século XX, altura em que ambas variáveis demográficas começaram a decair. A diminuição foi, porém, mais intensa no caso da mortalidade, que no espaço de aproximadamente 30 anos se reduziu para metade. A natalidade, por seu lado, apresentou uma descida menos acentuada até 1964 e uma diminuição mais rápida a partir desta data. Na primeira fase (1890-1925), as taxas de natalidade e mortalidade equilibram-se a níveis elevados e distantes uma da outra. Na segunda fase (1925-1960), assiste-se a uma diminuição acentuada da mortalidade, mantendo-se a natalidade a níveis bastante elevados (superiores a 22 ‰). Na terceira fase (1960-1985), continua a registar-se a diminuição da mortalidade, embora a ritmo inferior ao verificado anteriormente, e inicia-se o declínio acentuado da natalidade. Finalmente, a quarta fase, que se inicia em 1985, marca o restabelecimento do equilíbrio entre as taxas de natalidade e de mortalidade, mas agora a níveis baixos e muito próximos. Em consequência desta evolução desfasada da mortalidade e da natalidade, as taxas de crescimento apresentam valores elevados até ao final da década de 70, altura em que, em virtude do equilíbrio da natalidade e da mortalidade a níveis baixos, a taxa de crescimento natural se reduz progressivamente."


O distrito de Aveiro ocupa o 4º lugar entre as regiões de Portugal mais afectadas pela emigração no período de 1890 a 1990, durante o qual terão emigrado legalmente cerca de 280 mil habitantes. Como contrapartida, e a partir de meados o século XX, a industrialização do distrito começa a atrair um número significativo de imigrantes do interior do País (a chamada "litoralização"), que vão compensar em parte a saída dos emigrantes. Por volta da década de 80, verifica-se, no entanto, um novo fenómeno, que é a coexistência de dois movimentos migratórios (emigração e imigração), com aveirenses que saem para outros países, a par de estrangeiros que passam a residir no distrito. Em 2007, por ex., o distrito de Aveiro era o 5º distrito com maior número de estrangeiros residentes.
Em 2011 o distrito de Aveiro tinha mais 462.254 habitantes do que em 1864 (data do 1º Recenseamento Geral da População), mantendo um registo positivo em todos os recenseamentos, e com um índice de crescimento de 2.8 (popul 2011 / popul 1864), valor este superior ao registado no País que foi de 2.5.

Com excepção do concelho de Murtosa todos os outros apresentavam em 2011 maior número de habitantes do que em 1864.

Entre eles realce para Santa Maria da Feira, com mais 107.620 hb., Aveiro, com mais 59.154 hb. e Oliveira de Azeméis, com mais 44.924 hb. Já os concelhos de Arouca com mais 7.231 hb, Sever do Vouga com mais 4.650 hb e Murtosa com menos 495 habitantes, eram os que registavam os valores mais baixos.

Percentualmente, e se se tiver em conta, no entanto, o número de habitantes que residiam em cada concelho em 1864, os valores mais elevados foram registados em São João da Madeira (9,8 vezes), Espinho (Portugal) (6,2 vezes) e Ílhavo (4,7 vezes).

O crescimento populacional do distrito não foi, no entanto, homogéneo ao longo dos anos , não se processou de forma idêntica em todos os concelhos, e não teve resultados similares em cada grupo etário, como se verá mais à frente.

Os recenseamentos são também o reflexo de alguns dos fenómenos que ocorreram no País, como por ex. 
(I) a Primeira Guerra Mundial e a designada peste pneumónica ou Gripe espanhola de 1918 (recenseamento de 1920), 
(II) a emigração para os países da Europa central nos meados do século XX (recenseamento de 1970), (III) o regresso dos residentes nas ex-colónias de África na década de 70/80 (recenseamento de 1981) e (IV) a quebra da natalidade (recenseamento de 2011).

(I) No primeiro caso os concelhos mais afectados foram Estarreja, que regista no censo de 1920 menos 1.114 habitantes do que em 1911, Ovar -774 hb., Murtosa -420 hb. e Aveiro -281 hb.

(II) No segundo caso, a vaga migratória que atinge o país nos anos 60 e 70 leva a que 11 concelhos do distrito de Aveiro registem em 1970 menos habitantes do que em 1960, sendo os mais afectados os concelhos de Anadia (Portugal), -3.244 hb., Murtosa -3.288 hb e Arouca, -2.538 hb.

(III) No terceiro caso, o censo de 1981 reflecte um excepcional acréscimo populacional, na ordem dos 75.000 habitantes, com especial incidência nos concelhos de Santa Maria da Feira, +14.561 hb. e Aveiro, +10.476 hb.

(IV) No quarto caso constata-se que o distrito de Aveiro regista em 2011 praticamente o mesmo número de habitantes que em 2001, sendo este o período com menor crescimento populacional (+625 hb.). Dos 19 concelhos 10 registavam menos habitantes, com realce para Anadia (Portugal), -2 395 hb., Oliveira de Azeméis, -2 110 hb., e Espinho (Portugal), -1.915 hb.





Conteúdo - Distrito de Aveiro


O distrito de Aveiro é um distrito português cujo núcleo identitário pertence à província da Beira Litoral, à Região de Aveiro e à Região Centro. Os concelhos no extremo norte, como Espinho, Arouca ou Santa Maria da Feira, pertencem ao Douro Litoral, à Área Metropolitana do Porto e à Região do Norte e sempre tiveram uma forte ligação sócio-económica ao espaço urbano do Porto, que sempre foi e é o seu espaço urbano de referência, para além do Porto ser a capital do território da NUTS III e da NUTS II desses concelhos cujos habitantes não manifestam qualquer sentimento de pertença em relação a Aveiro e com Aveiro têm um único elemento comum meramente burocrático, que é o facto de pertencerem ao mesmo distrito, sem qualquer tipo de coesão identitária com Aveiro. O distrito de Aveiro limita a norte com o distrito do Porto, a leste com o distrito de Viseu, a sul com o distrito de Coimbra e a oeste com o oceano Atlântico. A sede do distrito é a cidade com o mesmo nome. Tem uma área de 2 808 km² (14.º maior distrito português) e uma população residente de 735 790 habitantes (2009).

Dando continuidade à reorganização administrativa, na actualidade, verifica-se o forte aumento de importância das Áreas Metropolitanas e Comunidades Intermunicipais em detrimento dos distritos. De acordo com a lei nº 45/2008 de 27 de Agosto, das áreas metropolitanas, criadas em 2003, só subsistiram as chamadas clássicas: a Área Metropolitana do Porto e a Área Metropolitana de Lisboa, sendo as restantes reorganizadas em Comunidades Intermunicipais. A razão óbvia para esta situação, para além de razões de associação económica e administrativa, tem a ver com o facto das populações não se identificarem com o distrito a que foram sujeitos, como acontece, a título de exemplo paradigmático, com os municípios de Espinho (Portugal), Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Arouca, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis, municípios da Área Metropolitana do Porto e da Região do Norte que, apesar de pertencerem, de modo arbitrário, ao Distrito de Aveiro, sendo Aveiro uma cidade da Região Centro e da Região de Aveiro, sempre tiveram, naturalmente, uma forte ligação socio-económica ao espaço urbano do Porto, que é o seu espaço urbano de referência, para além da proximidade territorial à cidade do Porto e do seu enquadramento identitário nos municípios do Distrito do Porto, factos que se acentuaram na contemporaneidade. Os habitantes dos municípios de Espinho (Portugal), Santa Maria da Feira, Arouca, São João da Madeira, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis, municípios da Área Metropolitana do Porto e da Região do Norte, não manifestam sentimentos de pertença em relação a Aveiro, que é uma cidade da Região Centro e da Região de Aveiro. Com a lei 75/2013 de 12 de Setembro, dando continuidade à reorganização administrativa e à restruturação de competências na organização do território, os distritos foram relegados para um plano secundário, com o protagonismo administrativo das Áreas Metropolitanas e das Comunidades Intermunicipais.

Na atual divisão principal do país, o distrito encontra-se dividido entre a Região do Norte e a Região Centro. Pertencem à Região do Norte os concelhos integrados na Área Metropolitana do Porto, Castelo de Paiva, parte da subregião do Tâmega e Sousa. À Região Centro pertencem os restantes concelhos, incluídos na subregião da Região de Aveiro, bem como a Mealhada, integrada na Região de Coimbra. Em resumo:

Região do Norte:
Área Metropolitana do Porto
Arouca
Espinho
Oliveira de Azeméis
Santa Maria da Feira
São João da Madeira
Vale de Cambra
Tâmega e Sousa
Castelo de Paiva

e na Região Centro:
Região de Aveiro
Águeda
Albergaria-a-Velha
Anadia
Aveiro
Estarreja
Ílhavo
Murtosa
Oliveira do Bairro
Ovar
Sever do Vouga
Vagos
Região de Coimbra
Mealhada

Conteúdo - Distrito de Aveiro


O distrito de Aveiro é um distrito português cuja área estrutural, na zona centro-sul e sul do distrito, pertence à província da Beira Litoral, à região de Aveiro e à região do Centro (Região das Beiras).

Os seus concelhos no extremo norte, como Espinho, Arouca ou Santa Maria da Feira, pertencem à província do Douro Litoral, à Área Metropolitana do Porto e à Região do Norte e sempre tiveram uma forte ligação socio-económica ao espaço urbano do Porto, que sempre foi e é o seu espaço urbano de referência, para além do Porto ser a capital do território da NUTS III e da NUTS II desses concelhos cujos habitantes não manifestam qualquer sentimento de pertença em relação a Aveiro e com Aveiro têm um único elemento comum meramente burocrático, que é o facto de pertencerem ao mesmo distrito, sem qualquer tipo de coesão identitária com Aveiro. De modo análogo, acontece com a Mealhada, no extremo sul do distrito de Aveiro, que pertence à CIM da Região de Coimbra e tem uma forte ligação à cidade de Coimbra.

O distrito de Aveiro limita a norte com o distrito do Porto, a leste com o distrito de Viseu, a sul com o distrito de Coimbra e a oeste com o oceano Atlântico. A sede do distrito é a cidade com o mesmo nome. Tem uma área de 2 798,54 km² (14.º maior distrito português) e uma população residente de 714 200 habitantes (2011).

Conteúdo - Relegação de competências do Distrito de Aveiro


Dando continuidade à reorganização administrativa, na actualidade, verifica-se o forte aumento de importância das Áreas Metropolitanas e Comunidades Intermunicipais em detrimento dos distritos. De acordo com a lei nº 45/2008 de 27 de Agosto, das áreas metropolitanas, criadas em 2003, só subsistiram as chamadas clássicas: a Área Metropolitana do Porto e a Área Metropolitana de Lisboa, sendo as restantes reorganizadas em Comunidades Intermunicipais. A razão óbvia para esta situação, para além de razões de associação económica e administrativa, tem a ver com o facto das populações não se identificarem com o distrito a que foram sujeitos, como acontece, a título de exemplo paradigmático, com os municípios de Espinho (Portugal), Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Arouca, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis, municípios da Área Metropolitana do Porto e da Região do Norte que, apesar de pertencerem, de modo arbitrário, ao Distrito de Aveiro, sendo Aveiro uma cidade da Região Centro e da Região de Aveiro, sempre tiveram, naturalmente, uma forte ligação socio-económica ao espaço urbano do Porto, que é o seu espaço urbano de referência, para além da proximidade territorial à cidade do Porto e do seu enquadramento identitário nos municípios do Distrito do Porto, factos que se acentuaram na contemporaneidade. Os habitantes dos municípios de Espinho (Portugal), Santa Maria da Feira, Arouca, São João da Madeira, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis, municípios da Área Metropolitana do Porto e da Região do Norte, não manifestam sentimentos de pertença em relação a Aveiro, que é uma cidade da Região Centro e da Região de Aveiro. Com a lei 75/2013 de 12 de Setembro, dando continuidade à reorganização administrativa e à restruturação de competências na organização do território, os distritos foram relegados para um plano secundário, com o protagonismo administrativo das Áreas Metropolitanas e das Comunidades Intermunicipais.

Conteúdo - Distrito de Aveiro



BrasãoMunicípioÁrea (km²)População[9] (hab.)Densidade
pop. (hab./km²)
N.º
freguesias
NUT III
AGD1.png
Águeda335,284985714911Região de Aveiro
ABV.png
Albergaria-a-Velha158,83262791656Região de Aveiro
Anadia216,643142214510Região de Aveiro
ARC.png
Arouca327,99236637216Área Metropolitana do Porto
AVR.png
Aveiro199,777310036610Região de Aveiro
CPV.png
Castelo de Paiva114,67167851466Tâmega e Sousa
ESP1.png
Espinho21,11294811 3974Área Metropolitana do Porto
ETR.png
Estarreja108,16281952615Região de Aveiro
ILH1.png
Ílhavo75,05412715504Região de Aveiro
MLD.png
Mealhada111,14222152006Região de Coimbra
MRS.png
Murtosa73,6598471344Região de Aveiro
OAZ.png
Oliveira de Azeméis163,417121043612Área Metropolitana do Porto
OBR1.png
Oliveira do Bairro87,28235042694Região de Aveiro
OVR.png
Ovar147,52579833935Região de Aveiro
VFR1.png
Santa Maria da Feira213,4514740669121Área Metropolitana do Porto
SJM.png
São João da Madeira8,11217622 6831Área Metropolitana do Porto
SVV.png
Sever do Vouga129,8512643977Região de Aveiro
VGS.png
Vagos165,29241071468Região de Aveiro
VAC1.png
Vale de Cambra146,21243601677Área Metropolitana do Porto

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Conteúdo - Distrito de Aveiro


Na atual divisão principal do país, o distrito encontra-se dividido entre a Região do Norte e a Região Centro. Pertencem à Região do Norte os concelhos integrados na Área Metropolitana do Porto, Castelo de Paiva, parte da subregião do Tâmega e Sousa. À Região Centro pertencem os restantes concelhos, incluídos na subregião da Região de Aveiro, bem como a Mealhada, integrada na Região de Coimbra. Em resumo:

Região do Norte:
Área Metropolitana do Porto
Arouca
Espinho
Oliveira de Azeméis
Santa Maria da Feira
São João da Madeira
Vale de Cambra
Tâmega e Sousa
Castelo de Paiva
e na Região Centro:
Região de Aveiro
Águeda
Albergaria-a-Velha
Anadia
Aveiro
Estarreja
Ílhavo
Murtosa
Oliveira do Bairro
Ovar
Sever do Vouga
Vagos
Região de Coimbra
Mealhada

Conteúdo - Distrito de Aveiro - População


Em 2011 o distrito de Aveiro registava 714 200 habitantes.

A evolução da sua população nos últimos decénios foi condicionada por vários factores, resultantes designadamente das alterações registadas nas taxas de natalidade, de mortalidade, de emigração e de imigração.

"Nos finais do século XIX a natalidade e a mortalidade em Portugal apresentavam valores muito elevados (em torno dos 30 ‰ no caso da natalidade e dos 20 ‰ no caso da mortalidade). Esta situação prolongou-se até à primeira década do século XX, altura em que ambas variáveis demográficas começaram a decair. A diminuição foi, porém, mais intensa no caso da mortalidade, que no espaço de aproximadamente 30 anos se reduziu para metade. A natalidade, por seu lado, apresentou uma descida menos acentuada até 1964 e uma diminuição mais rápida a partir desta data. Na primeira fase (1890-1925), as taxas de natalidade e mortalidade equilibram-se a níveis elevados e distantes uma da outra. Na segunda fase (1925-1960), assiste-se a uma diminuição acentuada da mortalidade, mantendo-se a natalidade a níveis bastante elevados (superiores a 22 ‰). Na terceira fase (1960-1985), continua a registar-se a diminuição da mortalidade, embora a ritmo inferior ao verificado anteriormente, e inicia-se o declínio acentuado da natalidade. Finalmente, a quarta fase, que se inicia em 1985, marca o restabelecimento do equilíbrio entre as taxas de natalidade e de mortalidade, mas agora a níveis baixos e muito próximos. Em consequência desta evolução desfasada da mortalidade e da natalidade, as taxas de crescimento apresentam valores elevados até ao final da década de 70, altura em que, em virtude do equilíbrio da natalidade e da mortalidade a níveis baixos, a taxa de crescimento natural se reduz progressivamente."

O distrito de Aveiro ocupa o 4º lugar entre as regiões de Portugal mais afectadas pela emigração no período de 1890 a 1990, durante o qual terão emigrado legalmente cerca de 280 mil habitantes. Como contrapartida, e a partir de meados o século XX, a industrialização do distrito começa a atrair um número significativo de imigrantes do interior do País (a chamada "litoralização"), que vão compensar em parte a saída dos emigrantes. Por volta da década de 80, verifica-se, no entanto, um novo fenómeno, que é a coexistência de dois movimentos migratórios (emigração e imigração), com aveirenses que saem para outros países, a par de estrangeiros que passam a residir no distrito. Em 2007, por ex., o distrito de Aveiro era o 5º distrito com maior número de estrangeiros residentes.